Espumantes brasileiros, em pequenas borbulhas

Vinho, Gente, Coisas e Adjacências

Inimá Souza*

 

Dia desses, em reunião, na qual estavam presentes alguns apreciadores de vinho, de alto coturno, alguém relata uma pequena história: fora a um dos nossos bons restaurantes, e ao abrir a carta de vinhos constatou a ausência de vinhos brasileiros. A exceção foi um espumante, que, pela qualidade, segundo seu entendimento, não poderia estar ali.

 

O cerne dessa realidade – sim, constatável não em um ou outro restaurante, mas, em número expressivo deles -, decorre do limitado conhecimento do vinho brasileiro – menos pelo proprietário, muitas vezes envolvido com outros afazeres, e mais de quantos o assessoram, ou deveriam.

 

O vinho brasileiro atingiu um nível de qualidade indiscutível, o que vem sendo, reiteradamente, atestado por sucessivas premiações, mundo afora. E essa qualidade está no vinho que vem da Serra Gaúcha, do Vale dos Vinhedos (nossa primeira DO), da Serra do Sudeste, da Campanha Gaúcha, do Planalto Catarinense, Vale do São Francisco, do Sul de Minas, do Centro-Oeste. Ou seja, qualidade ampla e irrestrita.

 

Um passo importante para transformar essa realidade no restaurante, e por que não, para todo aquele que aprecia um bom vinho, é conhecer o nosso vinho; que, do alto de sua qualidade segue o que já afirmara, há década, monstros sagrados da crítica, como Oz Clark, Jancis Robinson, Charles Metcalfe, Marcelo Copello, Manoel Beato, e tantos outros.

 

Essa qualidade prenunciada lá atrás é inconteste hoje, e vem crescendo a cada safra, a partir dos critérios no plantio, a adoção de modernas técnicas na cantina, até a consagração na garrafa e o reconhecimento do mercado internacional.

 

Assim, a ausência do vinho brasileiro, em qualquer carta – ainda que se respeite a especificidade da gastronomia -, só se explicaria pela limitação de conhecimento.

 

Quanto ao espumante brasileiro, vou “chover no molhado”. A qualidade é imbatível, e resulta de dedicação centenária. Basta lembrar que o primeiro espumante data de 1915, com o Peterlongo. 

 

Além de dedicação do produtor brasileiro, o terroir privilegiado da Serra Gaúcha, com seu clima temperado sub-tropical, temperatura média de l7°, onde a Chardonnay, Pinot Noir e Riesling Itálico, fazem a festa. Não sem razões de sobra, a maior região produtora do País, e berço do espumante nacional.

 

Também outras regiões no Rio Grande do Sul produzem ótimos espumantes, assim como o Planalto Catarinense, o Vale do São Francisco e o Sul de Minas. Sim, cada qual com as características que tipificam os respectivos terroirs. A verdade é que o espumante pátrio tem a cara do Brasil: festivo, alegre e leve.

 

As premiações mundiais só confirmam.

 

Tim, tim.

 

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